Com a chegada do verão começam os surtos de parasitas em cães. Pulgas, carrapatos e piolhos tendem a se proliferar mais no calor e a infestar animais de estimação.
Mas dentre as doenças parasitárias, uma tem chamado bastante atenção nos últimos anos devido ao crescimento no número de casos registrados: a Leishmaniose Canina.
Ela é uma doença séria e que não tem cura, mas o que muita gente não sabe é que é possível evita-la com medidas preventivas e produtos como a coleira antipulgas e carrapatos Seresto que combate a leishmaniose em cães e gatos e que mantém o mosquito transmissor longe do seu cão.
Entenda tudo sobre essa zoonose neste artigo e aprenda a proteger o seu cachorro. Confira!
O que é Leishmaniose
A Leishmaniose – também conhecida como Calazar – é uma doença infectocontagiosa causada por protozoários Leishmania spp, que são transmitidos pela picada de um mosquito flebótomo, conhecido pelo nome de mosquito-palha ou birigui, frequentemente encontrado em regiões quentes e úmidas.
Ela é considerada uma zoonose, pois acomete tanto humanos como cães, neste último sendo chamada de Leishmaniose Visceral Canina.
O protozoário do gênero Leishmania atua no hospedeiro (no caso, o cachorro) atacando o seu sistema imunológico. Ele invade e se reproduz nos macrófagos (células responsáveis por proteger o organismo), se propagando e atacando mais células, causando problemas sérios em órgãos vitais.
É uma doença séria, que não tem cura e que, se não tratada, pode levar pessoas e cães a óbito.
A transmissão da Leishmaniose em cães
O modo de transmissão da Leishmaniose canina ocorre apenas por meio da picada do mosquito-palha.
Funciona assim: a fêmea do mosquito pica um animal doente, contrai o protozoário e o transmite para um cão sadio ao picá-lo.
Cães ou pessoas contaminadas não passam a doença diretamente para cães ou pessoas sadias. A transmissão só ocorre através da picada do mosquito contaminado.
Sintomas da Leishmaniose em cães
Uma das principais dúvidas dos tutores é como identificar a Leishmaniose canina no seu pet. Alguns sintomas podem levantar a hipótese da doença. São eles:
- Descamação e pele esbranquiçada;
- Pelos quebradiços;
- Lesões cutâneas que nunca saram;
- Feridas nas orelhas
- Problemas oculares (incômodo, secreção e piscadas excessivas);
- Falta de apetite e perda de peso;
- Nódulos pelo corpo;
- Apatia e fraqueza.
Além disso, como a Leishmania prejudica os órgãos internos, outros sintomas podem ocorrer, dependendo do órgão afetado. São eles:
- Vômito;
- Diarreia;
- Sangue nas fezes;
- Desidratação;
- Irregularidades no trato urinário;
- Anemia;
Um ponto importante sobre a Leishmaniose canina é que ela fragiliza o sistema imunológico do cão, deixando-o mais suscetível a contrair outras doenças.
E apesar de causar tantos sintomas, existem cães que apresentam a doença, mas de forma assintomática o que dificulta o diagnóstico da Leishmaniose Canina.
E por falar em diagnóstico, ele deve ser feito por um veterinário de sua confiança, por meio de coleta de sangue ou teste citológico e/ou histológico.
Tratamento da Leishmaniose Canina
Infelizmente, a Leishmaniose Visceral Canina não tem cura e é até motivo de polêmicas quando o assunto são pets contaminados.
Por ser um problema de saúde pública, o Ministério da Saúde orienta que cães diagnosticados com Leishmaniose sejam sacrificados, já que abrem a possibilidade de transmissão para pessoas e outros cachorros.
No entanto, o tratamento não é proibido e até existe um medicamento que auxilia no tratamento. Ele reduz a quantidade do protozoário Leishmania do organismo do animal, mas não o elimina completamente. Além disso, ele tem um custo bem elevado. O uso do medicamento deve ter indicação e orientação de um veterinário.
Medidas de prevenção da Leishmaniose Canina
O fato de não haver cura para a Leishmaniose canina reforça ainda mais a necessidade de se tomar medidas preventivas que evitem a proliferação da doença.
A principal forma de se prevenir a Leishmaniose em cães é evitando a proliferação do mosquito-palha com medidas de higiene e limpeza.
É essencial manter o ambiente limpo, livre de entulhos, evitar a água parada, umidade ou lixo acumulado para evitar a proliferação do flebótomo vetor da doença.
Além disso, colocar telas de proteção em janelas e portas da casa também ajudam a proteger seu cão, evitando que o mosquito entre e pique seu amigo.
Outra forma de repelir o mosquito-palha é com o uso de produtos repelentes específicos para cães, como as coleiras antiparasitas que além de proteger contra pulgas e carrapatos, também repelem o flebótomo transmissor da doença. Estes produtos podem ser facilmente encontrados em lojas especializadas em cachorros e gatos.
Também existe a opção da vacina contra Leishmaniose. Ela pode ser aplicada em filhotes a partir dos 4 meses de idade e é ministrada em três doses, com intervalos de 21 dias entre elas e repetição anual.
Vale ressaltar que apenas cães que comprovadamente não possuem o parasita podem ser imunizados e que, apesar de muito importante para a prevenção da Leishmaniose canina, a proteção não é de 100% (a eficácia da vacina está em torno de 92%) e por isso, os cuidados citados acima também devem ser realizados para a correta prevenção.
Por fim, vale lembrar que a Leishmaniose canina ainda não tem cura total e pode comprometer muito a saúde do seu pet. Portanto, não deixe de proteger o seu cachorro, especialmente se você mora em regiões endêmicas ou viaja com seu cão.
Esperamos que as informações contidas neste artigo ajudem você e o seu pet a se protegerem contra essa doença!